29 de jun. de 2012

Relatório Final


Àqueles que sonham, um dia, fazer uma viagem de motorhome pela Europa, estas conclusões.


Colocando a questão sob nossa ótica, já acostumado às viagens de motorhome pelo Brasil, enfrentando as dificuldades de nossas precárias estradas e o quase nenhum apoio logístico, a viagem ora encerrada foi extremamente interessante e agradável, até porque não era nosso propósito nos fixarmos nas capitais dos países visitados e, sim, nas cidades menores, com menos problemas de circulação viária.


Ademais, o motorhome nos deu a possibilidade de exploramos os pequenos vilarejos e aldeias e de nos comunicarmos com a população local, conhecendo seus hábitos e cultura mais de perto, o que, numa viagem formal, seria impossível.


Percorremos, em 47 dias, 8.200 km de estradas de excelente qualidade e elevado nível de segurança, inclusive as vicinais.


Optamos por nos abrigarmos em campings, ao invés de o fazermos nas excelentes áreas de serviços, nas autoestradas.


Os campings, em sua grande maioria, foram de primeiríssima qualidade e extremamente confortáveis e se situavam, sempre, próximos às cidades visitadas, sendo servidos por linhas regulares de ônibus ou metrô, que nos levavam aos destinos desejados.


O custo médio dos pernoites, para duas pessoas e o motorhome, foi de 28 Euros.


Considerando o valor da locação do motorhome, em torno de 95 Euros dia, mais o custo dos deslocamentos camping/cidade, em torno de 12 Euros, médio, podemos considerar uma despesa diária com alojamento e veículo em torno de 135 Euros, acrescentando-se, aí, mais  o custo de combustível, numa base de 30 Euros dia e pedágios, em torno de 10 Euros dia, totalizaremos 175 Euros dia.


A opção pelos campings teve como foco, principalmente,  as questões do companheirismo e da comunicabilidade, impossíveis na alternativa hotéis.
No entanto, quanto a isso, nos decepcionamos.


Apesar de sempre repletos os campings, a comunicação, na maioria das vezes, não acontecia.


O europeu, principalmente os alemães e os holandeses, sempre em grande maioria, são extremamente herméticos, com grande dificuldade de comunicação, inclusive entre eles próprios.


Agora, se analisarmos a questão  sob a ótica fria dos economistas, ou por quem não tem experiência com campings ou motorhomes, talvez esta não seja  a melhor opção.


Com 175 Euros dia, ou, até, um pouco menos, pode-se alugar um bom carro, pagar o combustível, pedágios e estacionamentos, e, ainda, se alojar num bom hotel, nos centros das cidades.


É uma forma de viajar mais tranquila e, talvez, mais econômica, porém, com certeza, menos divertida.

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